Fiquei com vontade de complementar o post da Lidia sobre a Nath. Porque eu acho que ela soube usar o relacionamento dela com o Fernando de uma maneira bem esperta mesmo. A Lídia falou da coisa multifaces dela mas acho que todo mundo aqui concorda que a mudança mais radical dela foi quando o Fernando saiu. Antes ela fazia uma linha de conciliar um papel de vítima com debochada (vítima do machismo e escapando do mesmo machismo com deboche). Saído o Fernando, ela resolveu acentuar o papel de puxa saco e emotiva. Não sei se são papéis necessariamente bons, mas a gente tem que concordar que funcionou. A Juliana também reformulou o personagem dela, só não deu certo porque, naturalmente, ela não tem o mesmo carisma da Nath e você precisa de carisma para fazer diferentes personagens. O Marcelo ídem: ele fez uns 4 personagens e, um deles, inclusive, foi um personagem discreto e apagado lá pelas 3a ou 4a semanas. E vejam que estou falando de pessoas que foram longe no jogo. Quanto mais esquizofrênico o personagem, mais longe as pessoas foram. Thalita só fez um personagem, saiu logo. Bianca ídem. Etc.

O caso é que pra jogar com o público, você precisa ter em mente que o programa tem muitos meses pela frente em que as pessoas te assistem todos os dias. E os personagens cansam, então se reinventar é fundamental pra manter o público interessado em você. Se não a gente cai no tédio. Todo mundo se divertiu com o machismo do Fernando (admitam!), mas ficou entediante
de um certo ponto pra frente porque o papo dele era sempre igual. Até a Gyselle se reinventou, se você parar pra pensar: saiu de única amiga do vilão pra uma pessoa isolada por querer parecer vítima.


Não se confundam com este meu post: não estou torcendo para a Nath. Só queria comentar que esta estratégia de reinventar a própria personalidade é fundamental. Não estou torcendo pra ninguém: a última pessoa para quem eu torcia saiu no último paredão. Fiquei tão PUTO com a saída do Marcos que nem consegui fazer um epitáfio.