Eu até entendo que o mundo não seja tão tolerante quanto a sexualidade. Mas essa coisa do Marcelo querer desmascarar a Thati por causa de uma suspeita sobre a orientação dela é que não dá pra engolir. Mesmo porque ele apresentou traços de bissexualidade quando se mostrou interessado em Gyselle nas primeiras semanas, e também já confessou ter se relacionado com mulher. Se ele pode, por que ela não?
Outra coisa, ela demorou pra ficar com Marcos, disse que não era a hora. Ficou com ele em uma festa,depois de muita cachaça. E eles se dão bem. Ela pode não gostar muito dos beijos (como muitos já citaram), mas gosta da companhia. E a verdade é que não sabemos se ela é hetero, homo ou bi...então não pode ser julgada por essa via. Quando disse ter beijado mulher, citou um beijo triplo, com homem junto (na verdade eu acho que ela fez uma cagada aí, pq o brasileiro enxerga como promiscuidade). Mas o caso é que estão confinados e existe sim a mudança de orientação por conta da situação,que é chamada de situacional (acontece muito em presídios, quando por falta de parceiro do sexo oposto a pessoa ser torna um homossexual situacional, depois da liberdade volta a ser hetero). A casa do BBB é uma Instituição, onde existem regras que no mundo de fora não vingam. Os sentimentos são outros. Dizer que ela é uma chata, forçada e pastora, eu aceito. Mas julgar a relação dela com Marcos não é o caminho, mesmo porque ela não se beneficia sozinha com essa aliança (ele também se beneficiou). O que Marcelo quis, foi desconstruir algo que ele julgava estar agradando o público (o casal, já que Thati voltou de 4 paredões). E escolheu um jogo sujo. Não é ele quem pode cobrar uma orientação linear da Thati. É ela quem deve perceber sozinha, vivenciando cada relação afetiva. Ele escolheu contar pro mundo no BBB, ela não. Ele jogou com a fraqueza dela, isso é canalhice. O jogo é lá dentro, não pode querer colocar situações de fora pra se dar bem.
Outra coisa, quando Jean Willis declarou sua orientação, foi porque se sentiu perseguido ali dentro. Já Marcelo se apresentou como homossexual. Coisa mais ridícula, porque rotula e estigmatiza. Não vemos pessoas se apresentando "Oi, meu nome é fulano, tenho tantos anos e sou heterossexual".